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Matheus Soares: Foi no longínquo ano de 2010 que, pela primeira vez, apertei o botão "publicar". Desde então, periodicamente, a tarefa se repete com alegria. Mudam os formatos, as plataformas, as referências, o recipiente, mas o líquido tem sido o mesmo: substância do desapego, do registro, da individualidade, do que já não cabe em mim (mas que pode caber nos outros). Adoro as utopias, os sons, os sonhos, as estrelas, as plantas e os planetas. Gosto de escrever e de pensar como as coisas são belas e infinitas.